terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Seria trágico se não fosse cômico


Câncer (21 de junho a 21 de julho)

"Você é um chorão desgraçado, e as pessoas que convivem com você são obrigadas a ficar agüentando você reclamar da sua vida. Você se acha solidário e compreensivo com os problemas dos outros, o que faz de você um baba-ovo e puxa-saco. O que você quer mesmo é ficar "bem na fita". Você só quer saber de se dar bem, custe o que custar, e acaba sempre ficando numa boa, apesar de não valer nada. É, na verdade, um canalha com cara de santo. Quando pressionado você faz chantagem emocional. Chora e faz da sua vida a pior de todas. Por isso, os outros signos do zodíaco nunca desconfiam de você.
E o pior é que todos gostam de você."



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e ao final, nasce uma flor...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Engolindo espelhos ou Catarse


Saudade: do meu avô, dos momentos em que eu era feliz sem receios, sem preocupações, sem o peso do mundo nas costas.
Esperança: de ver minha vida melhorar, de fazer algo de bom para o mundo, de contribuir em algo, de ser uma pessoa bela, que faz o bem.
Amor: fundamental. sem ele é impossível viver. o sentimento mais belo que existe. e mais intenso também.
Incondicional: ainda não tenho, mas esse eu sei que vai ser: amor pelos filhos. amor de mãe é o maior amor incondicional.
Carnal: tudo aquilo que me toca, que faz meu corpo querer sair do eixo. me move. libido. Patrick. teatro.
Tristeza: tem sido, infelizmente, mais frequente do que eu gostaria. tristeza é fundamental, é um momento de recolhimento, nos faz pensar, nos move pra frente. o problema é quando ela te paraliza. aí sim é preocupante.
Felicidade: não acredito em felicidade plena, mas em momentos de felicidade. a felicidade é o caminho.
Paixão: pela vida, embora ela esteja me dando muitas rasteiras. pelo Patrick, pelos meus amigos, teatro, comer, dormir, viajar, dançar, sambar, ouvir musica, transar, me sentar à mesa com alguém que amo e conversar horas a fio, com um vinho ou um chope. rir.
Amigos: fundamentais na minha vida. amigos são a família que escolhemos pra nós.
Família: embora complicada, a base. a quem recorro quando tô na merda. quero muito ter a minha. meu sonho é ser mãe.
Desejos: muitos e intensos.
Mudanças: hoje são absolutamente necessárias. mudanças positivas.
Humor: tenho altos e baixos, mas em geral sou uma pessoa muito bem humorada, adoro fazer os outros rirem.
Me acham: extrovertida, alegre, inteligente, talentosa.
Na verdade: a minha auto-imagem é bem parecida com a imagem que as pessoas têm de mim. No entanto, às vezes bate uma insegurança danada, e tudo isso cai por terra. Me sinto a pessoa mais horrível, burra, sem talento, mau humorada do mundo. Minhas crises são diretamente proporcionais a quanto eu penso sobre tudo.
Viagem: seja pra onde for, é sempre uma delícia. respirar novos ares, mudar a rotina, se refazer. por mim, viajaria todo feriado e férias pros lugares mais diferentes do mundo.
Trabalho: um mal necessário.
Temperatura: baixa. um dia frio, um edredon, o amado, um vinho, uma comida, não tem nada melhor. Odeio calor. Fico muito irritada quando fico suando parada.
Música: trilha sonora da vida. me move. me toca. me sensibiliza.
Sexo: divino e maravilhoso! entrar em contato com uma energia que é inerente à vida. sexo é vida.
Sapos: odeio enguli-los. minha personalidade grita quando engulo um.
Mesas: agregam. alguns dos momentos mais gostosos da vida se passam com uma mesa envolvida. comer, beber, conversar, rir. E se precisar virar, eu viro sem medo!
Não sei: de muita coisa. Do meu futuro. Muitas crises por conta disso. Odeio nao saber.
Quero: ser feliz, amar e ser amada, ter filhos lindos, uma carreira de sucesso, um casamento sólido com o homem que amo, amigas pra sempre, saúde, arte, cultura, coisas que me toquem. Tudo ao mesmo tempo agora.
Tempo: ai... o tempo. Embora a frase "dê tempo ao tempo" seja verdadeira, muitas vezes eu a odeio. Por que não pode ser agora? Esperar o quê? Essa pergunta já me tirou o sono muitas vezes...
Homens: complicados, meio infantis, mas muito divertidos. Amigos de verdade. Eu amo. Os homens da minha vida são uma sólida base emocional e afetiva. Pai, irmão, Patrick, sobrinho, melhores amigos.
Vida: um grande presente. é pra ser intensamente vivida. Aqui e agora. Da melhor maneira possível. Cheia de mistérios.
Gosto: de muitas coisas. inclusive das que não tenho (frustração)
Sol: quando na praia, delícia. Alegra as pessoas.
Chuva: mais deliciosa ainda. Barulho de chuva, cheiro de chuva, frio da chuva, banho de chuva. A chuva limpa a minha alma. É na chuva que eu entro na minha essência.
Fé: move montanhas. Tô precisando de mais.
Perguntas: até demais. Noites em claro por conta delas.
Respostas: difícil tê-las. Perguntas demais.
Voz: forte, rouca, alta.
Sentido: olfato
Cheiro: perfume. seja natural ou não. do Patrick.
Dia: todo que for feliz e calmo.
Independência: PUTA QUE PARIU, TÔ PRECISANDO
Vou: morar na França, viver de arte. e muito bem.
Me falta: dinheiro, tranquilidade
Me sobra: amor
Meio termo: o caminho do meio é o segredo.
Equilíbrio: tô precisando. é fundamental.
Sintonia: fruto da intimidade
Bichos: amo todos. principalmente cachorros. já pensei em ser veterinária
Dinheiro: importante. Uma vez despreocupado com isso, pode-se sonhar.
Vontade: de morar fora, sair de casa, ser independente fincanceiramente, ser atriz, ser feliz.
Fidelidade: é a base da confiança em um relacionamento. Sinal de respeito, de maturidade.
Leio: bastante. Menos do que gostaria. Tenho muitos livros me esperando para lê-los.
Escrevo: menos do que deveria. Minha alma precisa extravasar.
Me importo: com coisas demais. E com todos que amo.
Medo: de ser estuprada, de perder alguém amado, de não concretizar meus sonhos, de sofrer demais.
Solidão: às vezes essencial. Em excesso, muito triste. Vazio.
Penso: demais da conta.
Durmo: menos do que gostaria. Amo dormir!
Sonho: o tempo todo. Sou uma sonhadora inveterada.
Palavras: minha vida. Ler, escrever, falar, escutar. Palavras me movem, me tocam, me acariciam, me fazem rir e chorar. Ler um livro da Clarice faz a minha alma cantar.
Sou: uma pessoa profunda demais. essa que se mostra a vocês, e aquela que se esconde também. Sou complexa.
Por quê? é da minha natureza. não tem explicação. Sou fruto de mim, da minha criação, da minha personalidade, da minha fé, das minhas crenças, do que li, do que deixei de ler, das minhas experiências, desilusões, risos, choros, amizades, amores, paixões, dos filmes que vi, das músicas que ouvi, do que estudei, daqueles que conheci, dos meus problemas, dos meus momentos de felicidade. Sou única.
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Bebel Clark

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Crepúsculo


E eis que surge, na estrada de volta para o Rio, um pôr-do-sol indescritível... Tons de rosa, laranja, vermelho em meio a um céu azul. E eis que surgem, dentre toda a preocupação e cansaço, lágrimas de felicidade.

É, Deus existe. E ele me ama.
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Bebel Clark

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Essencialmente igual

Maya - Posso fazer uma pergunta pessoal? Por que gosta tanto de Pinot? Digo, é uma coisa séria com você.

Miles - Não sei. Não sei. É uma uva difícil de cultivar. Como sabe, certo? A casca é fina, é temperamental, cresce logo. Não é uma sobrevivente como a Cabernet, que pode crescer em qualquer lugar, mesmo negligenciada. Não, a Pinot precisa de cuidado e atenção. Na verdade só consegue crescer em lugares bastante específicos e remotos do mundo. E somente os criadores mais pacientes e cuidadosos conseguem fazer isso, de fato. Somente alguém que se dá ao trabalho de entender o potencial da Pinot pode fazê-la atingir o seu grau máximo de expressão. E então, digo... Seus sabores, são os mais sedutores, brilhantes, excitantes, sutis e... antigos do planeta.
(trecho do filme Sideways)


Se a Pinot fosse mulher, seria eu.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Enquadramento


Meta do feriado: felicidade.
Desanuviar a pressão, tirar o mundo das costas.
Nada de choro, frustração, tristeza, desesperança, crises, questões existenciais, chuva.
Apenas eu, minha essência (assim espero), pessoas especiais e uma nova paisagem de fundo para o filme da minha vida.
Tô pensando em despedir o roteirista desse drama.
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Bebel Clark

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Descoberta

"Eu tenho a espécie de dever
Dever de sonhar e sonhar sempre
Pois sendo mais que um espectador de mim mesmo
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso
E assim me construo, a ouro e sedas
Em salas supostas
Invento palco, cenário
Para viver o meu sonho
Entre luzes brandas e músicas invisíveis"

(Fernando Pessoa)

Peixe fora d´água

Por aqui, sol e aquário.
Não vejo a hora de me libertar.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cumplicidade


Quando o teu passar me vai mostrando
A forma como passas bela e graciosa
Do modo como olhas meiga e ansiosa
Pareces saber o que estou pensando

E se tu pensas o que estou julgando
Não esteja mais a tua mente duvidosa
Pois apesar de discreta e cuidadosa
O que sentes teu olhar vai revelando

Mas se temos o mesmo pensamento
Que nossos olhos mostram bem patente
O que é então que nos cala e nos impede

De acabar de vez com este fingimento
Tentando esconder aquilo que se sente
E que este nosso olhar há tanto pede?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Por onde andas, Zé?


Bebel (Tom Jobim)

"Pra que tentar mais uma vez,
Pra que lembrar aquela vez
O que você Bebel me fez,
Como esque...cer aquela vez,
Bebel, Bebel
Bebel você é muito mais do que,
Eu já sonhei e até,
Até pensei me apaixonar
Porque você, sorrindo,
É muito mais que lin...do
Mas é bonita mesmo,
É uma bele...za,
Força da natureza
Bebel encostada no muro,
Sonhando no escuro,
À luz do luar
Bebel esta coisa mais louca,
Esse beijo na boca,
Que eu vou te dar
Você vai sonhar,
Vai se apaixonar,
Você vai chorar
Não chora Bel,
Não chora Bebel,
Não chora, não chora,
Não chora, não Bebel,
Bebel
Mas é bonita mesmo,
É uma bele...za,
Força da natureza
Bebel de cabelo molhado,
Escorrido lavado,
Nessas ondas de um mar de sul
Bebel que se volta de lado,
E me encara com olhos,
De inesperado azul
Você vai sonhar,
Vai se apaixonar,
Você vai chorar
Não chora José, não chora Zé,
Não chora, não chora."


Poizé... por onde andas você?

Por onde anda esse que enxugará minhas lágrimas, sonhará acordado comigo, se apaixonará perdidamente, sem barreiras ou freios... e, finalmente, chorará. De alegria? De alegria!

Choraremos.

domingo, 20 de maio de 2007

Medo de se apaixonar


"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada." (Fabrício Carpinejar)


Ninguém entenderá o apaixonado a não ser ele mesmo. Ele volta a fazer amizade com a sua solidão.

Desassossegados


"Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.

Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.

Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam." (Martha Medeiros)


Descobri, após ler esse texto, que sou uma desassossegada inveterada... Deus salve minha alma.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Um pouquinho de CIDADANIA não faz mal a ninguém

A palavra de ordem é cidadania. Ou ao menos deveria ser.
Segundo o Aurélio, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, e cidadão é “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.”
Muito bonito na teoria, claro. O problema é que nós encontramos muitas barreiras para a vivência dessa cidadania. Afinal, quem não sabe que nós brasileiros temos uma “leve” tendência a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho” para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão assim é por vontade Dele?

No entanto, algumas medidas bem bacanas estão sendo tomadas para que este quadro mude, com uma ajudinha das novas mídias. Lembrando que aqui nesse blog tudo é 0% jabá, uma delas é o Instituto Oi Futuro.

O Instituto Oi Futuro (www.oifuturo.org.br/) aposta na tecnologia da informação e comunicação como forma de aceleração do desenvolvimento humano. Ou seja, visa utilizar alternativas inovadoras para promover a inclusão da sociedade brasileira.

Dentro do Oi Futuro existe o projeto Novos Brasis (www.oifuturo.org.br/oifuturo.htm#/novosbrasis/), que tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de soluções sociais que aplicam as tecnologias da informação e comunicação a favor da cidadania.

Dois projetos bastante interessantes estão sendo feitos desde 2006 no Rio de Janeiro pelo Novos Brasis.

O primeiro é o “SITE” (Sala de Informação, Tecnologia e Educação) realizado para o CECIP (Centro de Criação da Imagem Popular). O projeto foi inaugurado em 29 de outubro, com o objetivo de capacitar jovens da Baixada Fluminense e realizar oficinas de comunicação e cidadania, a fim de repassar os conhecimentos adquiridos para outros jovens.

O projeto está caminhando tão bem que os jovens do SITE já estão terminando de criar o site Atitude Jovem.

Quem quiser saber mais sobre o CECIP, o site é: www.cecip.com.br

O segundo projeto é o “0800 Rede Jovem”, realizado para o Comunitas (Parcerias para o Desenvolvimento Solidário). A grande inovação desse projeto é a interface entre a Internet e o celular para uso social. Através dessa interação, jovens cadastrados receberão informação sobre vagas de emprego, palestras, cursos e concursos via SMS (o famoso torpedo). Serão ao todo 500 jovens de cinco comunidades diferentes, que receberão 20 mensagens por mês em seus celulares. O lançamento do projeto está previsto para maio/07.

Mais informações sobre o Comunitas: www.comunitas.org.br


E você, já fez a sua parte hoje? Que tal ser voluntário por um dia? www.riovoluntario.org.br.

Ou então... que tal em vez de colocar clipes de bandas famosas no “meus vídeos” do Orkut, colocar um vídeo de conscientização? Já é um começo...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

A filha do amor e da distância


Era uma vez a história de uma menina chamada Saudade. Saudade era filha do Amor e da Distância, e sofria muito com a sua característica.

Todos os dias ela perguntava para sua mãe: “Por que eu existo?”. E a mãe, muito preocupada com a pergunta de sua filha, respondia: “Porque você é o resultado de muito amor, só que somado à distância. Quem ama sente falta, minha filha. Um dia eu te explico o que significa a falta”.

E Saudade passou a vida toda tentando entender porque ela nasceu, qual era o significado de sua existência. Sim, Saudade já era mais velha, e dessa forma já tinha muitas questões existenciais pendentes.

Um belo dia, sua superprotetora mãe, vendo que Saudade havia se tornado melhor amiga da Tristeza decidiu explicar à filha o que significava a falta: “Filha, eu sei que agora você pode entender o que a falta significa. A falta é aquele pedaço de você que parece ter sido tirado, ter sido arremessado para longe sem sequer terem te perguntado se você gostaria disso. Falta é viver sentindo que a sua vida não está como você gostaria. Que o quebra-cabeças não está completo. Que Romeu e Julieta não estão juntos. Que o céu brigou com as estrelas. Que você não vai ser o mesmo até recuperar aquilo que foi perdido, colocado para além de você. Entende?”. E Saudade, com lágrimas nos olhos respondeu: “Sim, agora eu entendo, mamãe”.

E aí, Saudade conseguiu compreender o seu lugar no mundo. Conseguiu entender que ela era importante para continuar mostrando às pessoas que amam e têm alguém longe delas, que elas estarão sempre juntas. Em pensamento. A Saudade faz com que duas pessoas, mesmo uma no calor da Índia e outra no frio da Sibéria possam estar juntas. Sempre.

E todos, Amor, Distância e Saudade puderam conviver harmoniosamente e viver felizes para sempre!
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Bebel Clark

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Um dos 'oásis' em uma 2a feira qualquer


Como foi seu feriado? Viajou afinal? Eu usei o meu para descansar... acabei ficando no Rio, e fui para Petrópolis no sábado para voltar domingo antes do almoço. Uma delícia.

Você já viu um filme chileno que está em cartaz chamado "Na cama"? Eu fui ver na 6a feira à noite, sozinha, sem a menor espectativa de nada. E adorei!

O filme conta a história de duas pessoas desconhecidas que passam a noite juntas. É todo passado num quarto de motel, o que primeiramente pode ser encarado como monótono, mas o diretor faz coisas interessantíssimas com a câmera. Olha para a cena de vários ângulos, e a edição é ótima também! Até as cenas eróticas são plásticas, muito belas...

Também gostei muito do roteiro e das atuações... simples mas profundos. O filme suscita questões interessantes e extremamente verdadeiras. Como a de que todo primeiro encontro tem a esperança do amor. O problema sempre é o depois, os empecilhos que a vida coloca no caminho...

Achei poético o filme... enfim, pra quem foi sem nenhuma esperança, o filme valeu uma 6a feira solitária.

Aconselho!

Saudades!!!

Beijos

sexta-feira, 13 de abril de 2007

O Preto e o Branco


O preto e o branco. A ausência de cor e a união de todas as cores. O todo. A divisão absurda do todo que possibilitou guerras, conflitos, submissão e autoritarismo. Intolerância. Preconceito. Pré-conceito.

Racismo, miséria, doenças, conflitos armados. Essa é a síntese de um continente chamado África. Um continente marcado pelo esquecimento, tanto das autoridades, quanto das pessoas comuns.

Afinal de contas, o que é a África? Muitos até hoje a confundem com um país. Um país? Não, a África é um mundo. Um mundo de incertezas, insegurança, descrença, desigualdade, descaso.
Enquanto a África do Sul e os países da chamada África Branca, ao norte, como Líbia, Argélia e Egito regozijam com suas fortunas muito mal distribuídas, todos os outros países são dizimados pela fome, pela miséria, pela AIDS, pela falta de remédios, pela falta de carinho, compaixão.

E você que está sentado na sua cadeira confortável ou em qualquer lugar, também é culpado por isso. E por que não seria? Somos todos culpados. Nós deixamos isso acontecer com a mãe África.
Lá, um lugar onde animais selvagens convivem com seres humanos, onde a natureza e suas regras falam mais alto, um lugar abençoado por Deus e amaldiçoado pelo homem. Natural, não é?

Um lugar onde o preto é maioria e o branco domina e discrimina. Onde o branco da África do Sul deseja a volta do apartheid, onde o branco estrangeiro chega para tirar fotos plásticas, fazer matérias dramáticas e voltar para sua terra das oportunidades. Sem responsabilidade, sem peso, sem culpa.

Isso porque somos praticamente criados para não sentir culpa, afinal, a África está tão longe... coitados dos africanos. Ninguém sabe ao certo o que acontece por lá, ninguém sequer cogita passar suas férias lá. Para quê? Os EUA ficam do outro lado do oceano...

Pois a África é a nossa história, faz parte de cada um de nós. E se continuarmos a ignorar sua existência e sua calamidade, certamente ela ficará mais isolada, mais abandonada do que já está. Ela está morrendo!

Então o que se pode fazer? Ajude no que puder, se conscientize, se humanize. Os quase 800 milhões de necessitados querem respirar a salvo.
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Bebel Clark