domingo, 7 de outubro de 2012

Poema Se - Prof. Hermógenes

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia...

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser...

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
Se algum ressentimento,

Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou...

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio...

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu...

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia...

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim...

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito...

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz...

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou...

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos, Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Das mini-mortes




Não adianta o quanto você se prepare, o quanto você medite, converse com pessoas amadas, seja apoiada, esteja certa do que quer e do que é melhor pra você neste momento. Quando você olha na alma dos olhos da pessoa que você ama, a mesma que o destino não quer mais que esteja caminhando de mãos dadas com as suas, por incapacidade de ambos, a mesma que viveu momentos lindos e momentos dolorosos com você, com quem compartilhou tanta coisa, tantos sonhos, tantos desejos, tantos medos, tantas inseguranças, tantas alegrias, tantos orgasmos, tanta vida, é impossível não se arrebatar.

E nem é mais fácil por ser uma conversa adulta, madura, profunda, clara e honesta, com ambos se respeitando e terminando amigavelmente. Todo fim é uma mini-morte. O luto está lá, acenando tristemente para os dois, que antes acenavam juntos e confiantes para o mundo. A despedida dilacera.

Os ciclos terminam, eu sei. Fazem parte da vida, trazem ensinamentos, mas são duros. Vêm carregados de uma dor que parece infinita. Mas chega uma noite em que você vai dormir em paz, e não é ele o primeiro pensamento do seu dia quando acorda. Nem a saudade do cheiro, da mão, da pele, da presença, do olhar cúmplice, da risada, do abraço, das comidas que cozinharam juntos, dos brindes que fizeram à vida e ao amor que os unia, da segurança que você tinha ao dormir ao lado dele. É apenas a certeza feliz e plena de que amou e foi amada. E o que antes era completude de dois, voltou a ser inteireza de um.

Que o nó na garganta se desfaça, e as lágrimas se misturem às gotas de chuva que caem lá fora, voltando a abraçar o mar. E que este dia chegue tão rápido quanto o afeto do tempo. Enquanto isso, boa noite.

Sinto muito
Me perdoe
Te amo
Gratidão
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Bebel Clark

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Combinado?



Se você ainda não aprendeu ou não está sentindo isso hoje, estou aqui pra te lembrar: "Você é especial, eu acredito em você"!
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Bebel

Sobre Sonhos

"Sobre Sonhos

O céu plúmbeo nada anuncia.

Nem a chuva (outrora, memória; agora, apatia).

Mas chega um momento
em que (sem heroísmos ou egoísmos)
é preciso inventar um pequeno barco no ar

(ou um outro sonho qualquer que nos arranque o chão dos pés).

Chega um momento
em que não se pode aguardar o vento,
em que temos que nos arremessar ao mar.

PORQUE É URGENTE SALVAR O AMOR.

Chega um momento em que é urgente amar."

Filipe Couto

Presente momento

Você entende que o momento presente é a coisa mais importante da vida depois que encontra um grande mestre e amigo que não via há anos no almoço e, voltando pro trabalho, um macaco sagui LINDO passa correndo pelo seu pé, em pleno Rio de Janeiro! . . . Bebel

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos nAMORados

Neste Dia dos Namorados, fruto de jogada de marketing ou não, eu quero agradecer imensamente pelos namorados que passaram pela minha vida e me ensinaram a delicada e profunda arte de me relacionar e amar, além da paciência, da entrega, do afeto, do zelo, do companheirismo e da confiança. Também quero agradecer aos que, mesmo não tendo recebido tal título, cruzaram a minha jornada e se abriram, me respeitaram, se interessaram, me protegeram, se doaram, trocaram, enfim, amaram. Cada um de vocês foi importante pra mim de alguma (ou muitas) forma(s), e me ajudou a amadurecer pra ser quem sou. Gratidão profunda por todos os meus amigos e pela minha família linda, que me amparam diariamente e me apoiam incondicionalmente, companheiros em total plenitude, dos momentos mais fúteis e alegres aos mais profundos e dolorosos. Dia dos Namorados pode ser comemorado uma vez por ano. Porém, o AMOR é pra ser celebrado todo dia! Solteiro, namorado ou casado, CELEBRE O DIA DO AMOR SEMPRE! ♥ ♥ ♥ . . . Bebel Clark

sábado, 2 de junho de 2012

O amor... sempre ele

♥ "O amor nos desnuda a alma, nós que muitas vezes, ao longo da vida, nos enchemos de peças de roupa de tudo o que é tipo, físicas ou sutis, óbvias ou disfarçadas, para tentar escondê-la. Saber a própria alma nua e não ter jeito de tapar-lhe as partes íntimas, de inibir sua exibição, de pedir-lhe modos, é um desconforto dos grandes para quem se acostumou a viver pequeno por parecer mais cômodo, sem arredar os movimentos do território áspero do ilusório controle. É um desconforto dos grandes para quem se acostumou a tratar a emoção com recato, sob o custo de amordaçar a alegria fluida do tambor do prazer. Essa que ressoa, sempre, mesmo que aparentemente silenciosa, no nosso coração. O amor chega e abre as janelas, escancara as portas todas, rasga o tecido frágil das redomas que criamos para nos proteger, a gente se assusta. Olhando de perto ou de longe, não é sem razão. (...) Os espelhos materiais de casa não contarão nunca o que o espelho do outro nos mostra. O amor, sendo divino pelo seu caráter criativo e transformador, é também o que de mais humano existe. No amor, com todas as minhas singularidades, eu me irmano com toda gente. E reconheço que, embora não saibamos muito bem o que fazer com a essência desse lume, com tudo o que dispõe e possibilita, ele clareia os caminhos e nos faz avançar, nos ajuda a ser mais parecidos com nós mesmos. Mais inteiros. Mais espontâneos. Mais livres. Mais generosos. Embora não saibamos muito bem o que fazer com o amor, ele sabe o que faz com a gente. Ninguém, arrisco, permanece igual depois da diferença de um encontro de amor. Alguns se acovardam tanto, que às vezes parece que é pra sempre. Outros, passam a ter mais coragem, ainda que com todo o medo. Mas, pra gente viver não é preciso mesmo não ter medo. É preciso, apesar dos medos todos, ter valentia para ser e sentir, essa capacidade que o amor, habilidoso, consegue burilar com toda a calma do mundo em nós." ♥ . . . texto: Ana Jácomo // foto: Henri Cartier-Bresson, 1933

domingo, 25 de março de 2012

A pequena morte


"Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu voo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói.

Pequena morte, chamam na França a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia.

Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce."


(do gênio Eduardo Galeano)

presente da linda Beta Perez

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sobre a doação, a gratidão e a amorosidade


"(...) O que sei dessa história toda é que nada atrapalhará o meu processo de doação, de gratidão e de amorosidade. Sei que renovando cotidianamente a minha fé, eu me sentirei confortável para encarar quaisquer situações porque NUNCA me sentirei sozinha, nunca estive. E tenho tanta força em mim canalizada para o BEM que eu não espero da vida só o que é bom, mas espero que eu não passe por nenhuma dificuldade inutilmente, sem aproveitar esta possibilidade de aprendizado e crescimento. Tenho que lembrar que já superei coisas muito mais complicadas e que depois convivi por muito tempo com a deliciosa sensação de alívio. O desespero nunca gostou da minha energia. O meu sorriso é o meu SIM para o que estiver reservado para mim. Não temo, estou segura de que existem tempo e surpresas suficientes para que as coisas tomem um rumo mais conveniente, ou pelo menos, justo. Eu me comprometi com o meu melhoramento e isto implica num escancaramento do peito pra enfrentar a vida com sensatez, sem exacerbar ou supervalorizar o desconforto. Então, eu amplio o meu coração para que a gratidão de poder cumprir minha missão com todas as adversidades, apesar e por causa delas, tome conta de todo o meu ser. E que reforce em mim a ousadia e a coragem. Sou GRATA porque sou uma extensão do Universo e tudo que acontece faz parte de sua linda Dança. Que nada me tire o poder de criar. É só o que peço. O resto eu agradeço larga e profundamente."
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Marla de Queiroz

segunda-feira, 12 de março de 2012

Esta vida é sua!


"Esta vida é sua. Tome o poder de escolher o que você quer fazer e fazê-lo bem. Tome o poder de amar o que você quer na vida e amá-lo honestamente. Leve o poder de andar na floresta e fazer parte da natureza . Tome o poder de controlar sua própria vida. Ninguém mais pode fazer isso por você. Leve o poder para tornar a sua vida feliz.

Vivemos só para descobrir beleza. Todo o resto é uma forma de espera."
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Khalil Gibran